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Lot n° 36

JÚLIO POMAR (1926-2018), SERIGRAFIA "Camões" Serigrafia...

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JÚLIO POMAR (1926-2018), SERIGRAFIA "Camões" Serigrafia sobre papel da obra de Júlio Pomar "Camões", assinada e numerada: XLIII/L, emoldurada: Dim. Mancha: 75x55 cm; Dim. Moldura: 109,5x87,5 cm. # Júlio Pomar (1926-2018), nasceu em Lisboa. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e as Escolas de Belas-Artes de Lisboa (1942-44) e do Porto (1944-46), a qual abandonou depois de uma suspensão disciplinar por atividades estudantis. Pertence à 3ª geração de pintores modernistas portugueses. Os primeiros anos da sua carreira estão ligados à resistência contra o regime do Estado Novo e à afirmação do movimento neorrealista em Portugal. Teve uma ação artística e cívica intensa e é consensualmente considerado o mais destacado dos cultores do neorrealismo nacional. Começa a distanciar-se do ativismo político e do idioma figurativo inicial na segunda metade da década de 1950 e, em 1963, radica-se em Paris. Sem nunca abandonar o pendor figurativo, liberta-se do compromisso neorrealista, enveredando pela "exploração de práticas pictóricas diversas que o centrarão na pintura enquanto tal, interrogando as suas formas, composições e processos, pintando das mais variadas maneiras na exploração ou na recusa das possibilidades que o seu tempo lhe abriu". Ao longo das últimas quatro décadas abordou uma grande variedade de universos temáticos, da reflexão autorreferencial ao erotismo, do retrato às alusões literárias e matéria mitológica. Presente em grandes exposições na Fundação Calouste Gulbenkian, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Sintra Museu de Arte Moderna – Coleção Berardo, museus de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, aqui consagraram a sua obra, que se destaca como uma das mais significativas expressões da criação artística portuguesa contemporânea. Além de diversos textos publicados em revistas e catálogos, é autor dos livros de ensaios sobre pintura “Discours sur la Cécité des Peintres” (Editions de la Différence, Paris, 1985), “Da Cegueira dos Pintores” (1986, Imprensa Nacional); “– Et la Peinture?” (La Différence, 2000) e “Então e a Pintura?” (D. Quixote, 2003).